Depoimentos

 

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 Cadê o redondo?

Essa é daquelas folclóricas do Skydive Jurássico,
Aconteceu certa vez em um encontro, da época dos Bandeirantes em Caldas Novas – GO.
Saímos do Bandeco a 10 mil pés, sunset quase "nightset", já quase breu total, e como sempre o manicaca do redondo era a base. Saltão lindo, fechamos a 7 mil, virou aquele zaralho, todo mundo embolou, cada um ficou em uma altura diferente, tracks para todas as direções possíveis e imagináveis e paraquedas abertos... ufa.
Vi que o redondo abriu bem abaixo de mim. Velames quadrados direcionados para a ZL, vamos que vamos, agora é cerveja...!!! Pousamos na área, aquela alegria toda, cerva gelada, e depois de uma hora... “Mas cadê o redondo, o cara não chegou na área...!?!?” Todo mundo em estado de alerta, abriu, não abriu, reserva, cadê o cara??? Foi então que falei: Que abriu, abriu. Eu vi! Vamos procurá-lo nas imediações que deve ter se machucado! Acionado policia, ambulância, amigos batendo no pasto para achar o cara e nada. Depois de muito tempo caminhando e chamando, escutamos de longe uma vozinha fina que gritava: Aqui..., o paraquedista está aqui...!!! Falei com o meu amigo João que estava comigo nas buscas: Olha lá João, a voz tá vindo daquela casinha lá longe. Bora para aquele rumo!!! A voz foi ficando mais forte, e ao fundo tocava uma música que foi ficando mais alta e se misturava com gargalhadas, gritos e mais vozes. Foi quando chegamos e a pessoa que havia dado o alerta apareceu. Era o Vaguinho, uma bichinha magricela toda alvoraçada, que veio nos receber, e naquela euforia que não cabia dentro daquele vestidinho vermelho. Nos convidou para entrar. Entrei no pequeno estabelecimento, que transbordava de alegria, musica, pessoas dançando. Eu não tava entendendo nada...! Já na entrada ali do lado, encostado no canto da parede, na região da dança, percebi o PC-CH7 (para quem não lembra do redondão), todo embolado. Do outro, cercado de quatro beldades, o nosso herói paraquedista já no 4º copo de vodca com suquinho de maracujá ensaiando seus dotes de dançarino. Foi aí que me toquei que estava no Puteiro da cidade e a nossa visita ao estabelecimento se tornara um evento. Clientes e trabalhadoras do recinto nos saudavam a todo momento. Enfim, depois de algumas cervejas e risadas era hora de irmos embora, pois policia, ambulância e organização do evento ainda estavam nas buscas. “Tchau meninas, hora de irmos embora”. Foi quando veio a máxima da estória. Lá de dentro o Vaguinho gritou: “Se quiserem, podem ir embora, mas o paraquedista que caiu aqui fica O QUE VEM DO CEÚ É DEUS QUEM MANDA”!!!!!

Skydive raiz...

                                                                                       Por
                                                                                                Marcelo Andrade Teixeira

Goiânia – GO
CBP – 11104D